Aprimorando o uso discos rígidos para se obter o máximo de desempenho
Por Felipe Karas em 1 de Setembro de 2008
O disco
rígido, como você já deve saber, é o dispositivo do computador
responsável pelo armazenamento permanente de dados. Ao contrário da
memória RAM que é volátil, o disco rígido é capaz de preservar os dados
guardados, mesmo na ausência de corrente elétrica. Por isso é possível
desligar computador sem que você perca o sistema operacional, os
programas instalados, arquivos pessoais, entre outros.
O que
poucos sabem é que, assim como outros dispositivos do computador, um
disco rígido pode ser utilizado de forma que se obtenha o máximo de
desempenho dele. Apesar dos equipamentos mais novos oferecerem taxas de
transferência relativamente altas, maior quantidade de memória de acesso
rápido (cache) e assim por diante, na prática pode ocorrer deles
trabalharem abaixo da capacidade esperada. Antes de entender como
possível realizar essa melhora, é preciso conhecer como os discos
rígidos trabalham.
Para entender como um HD (disco rígido)
funciona, é preciso reconhecer ao menos dois itens: os pratos e a cabeça
(ou cabeçote). Os pratos são discos de metais recobertos por uma camada
magnética e por uma segunda com a função protetora. Os dados são
armazenados exatamente neles. A cabeça é componente responsável por
gravar e ler esses dados. Confira a ilustração abaixo:

O processo de leitura e gravação de faz da seguinte maneira: os
pratos são rotacionados por um motor e a cabeça se movimenta, entre o
centro e a extremidade do disco, em um eixo fixo, lendo e gravando os
dados. No processo de gravação, os dados são alocados seqüencialmente a
partir da extremidade do disco. É claro que o processo é mais complexo,
mas devido ao tema do artigo, não iremos estendê-lo aqui.
Como
você pôde observar, os dados começam a ser gravados a partir da parte
mais externa do disco. Isso ocorre porque o trabalho do braço,
componente que movimenta a cabeça, nessa região é menor e,
conseqüentemente, mais rápido. E é nessa característica que vamos
trabalhar para melhor aproveitar o disco.
É idéia é simples:
particionar o disco conforme os tipos de dados que você possui e
utilizar as partições mais periféricas para os dados que requerem maior
desempenho. Criar partições é como separar o disco rígido em zonas,
delimitando áreas que agilizarão o acesso aos dados. Isso é fácil na
teoria e na prática — desde que, é claro, você saiba particionar um
disco. Para ilustrar, vamos tomar como exemplo um HD com 250Gb de
capacidade, utilizado para jogar, armazenar músicas, fotos etc., e
realizar trabalhos nos mais variados aplicativos.
Para este,
criaremos três partições, respectivamente: uma com 120Gb, uma com 30gb e
outra com 100Gb. Na primeira, instalaremos jogos, aplicativos pesados e
o arquivo de memória virtual (swap) do Windows. Isso porque esse tipo de dados exige o máximo de desempenho e um bom espaço livre.
No
segundo, instalaremos o sistema operacional e aplicativos simples
utilizados no dia a dia, como mensageiros instantâneos, processadores de
texto, players de áudio e assim por diante. São dados intermediários
que não necessitam de desempenho extremo para executarem adequadamente.
Como armazenará apenas o sistema operacional e aplicações leves, não é
necessário alocar muito espaço para esta partição.